Glauco Vilas Boas – Hinário: Chaveirão
ChaveiraoGlauco Villas Boas nasceu em Jandaia do Sul, no dia 10 de março de 1957, foi um desenhista, cartunista e religioso brasileiro. Ele pertencia à família dos sertanistas Orlando, Claudio e Leonardo Vilas Boas.
Mudou-se para Ribeirão Preto em 1976, e após ser descoberto pelo jornalista José Hamilton Ribeiro, publicou seus primeiros trabalhos no jornal Diário da Manhã.
Foi premiado no Salão Internacional de Humor de Piracicaba em 1977, por um júri formado por Jaguar, Millôr Fernandes, Henfil e Angeli, e mais tarde na 2ª Bienal de Humorismo y Gráfica de Cuba.
Em 1984, ao desenvolver sua “autobiografia com exageros”, começou a publicar no caderno Ilustrada do jornal Folha de São Paulo, convidado por Angeli, onde mostrou vários personagens, entre eles Geraldão, criado em 1981 após ler A Erva do Diabo, de Carlos Castaneda. Logo também vieram Casal Neuras, Doy Jorge, Dona Marta e Zé do Apocalipse.
Fez parte do elenco de redatores da TV Pirata e de alguns quadros do programa infantil TV Colosso, ambos da Rede Globo, para a qual também desenvolveu vinhetas.
Editou a revista Geraldão pela Circo Editorial entre 1987 e 1989 e, nesse período, foi colaborador das revistas Chiclete com Banana e Circo.
Músico, também tocava em bandas de rock. Para o público infantil, leitor do suplemento semanal Folhinha criou o personagem Geraldinho, que é uma versão light (no traço e na temática) do seu personagem Geraldão.
Era adepto do Santo Daime, e foi padrinho fundador da igreja daimista Céu de Maria, em Osasco.
Com um humor ácido, piadas rápidas, traços limpos, “ultrassofisticado no pensamento” e com “um jeito particular, que unia inocência e malícia”, Glauco colaborou para a modernização do projeto gráfico e do estilo dos cartoons brasileiros em período coincidente com o do advento de uma geração pós-ditadura.
Os trabalhos do cartunista expressavam “o singelo, uma expressão quase infantil”, em resultado que mostrava a valorização do sentido urgente do humor.
A abordagem dos seus trabalhos era o cotidiano e a sua degradação. Problemas conjugais, neurose, solidão, drogas e violência urbana eram retratadas “sempre com graça e compaixão”.
O nome de Glauco sempre esteve associado aos de Angeli e Laerte, “a santíssima trindade dos quadrinhos brasileiros“, pela afinidade e por trabalharem no mesmo jornal durante 25 anos.
Morto em 12 de março de 2010, junto com seu filho Raoni, Glauco deixou um grande legado não só em seus Cartoons, como também em sua igreja, o Céu de Maria.
Fonte: Blog a Ordem Natural das Coisas
No vídeo, entrevista com Glauco no Encontro dos Músicos de 2008 no Céu das Águas/AM.
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